Olá.
Ontem estive assistindo na TV reportagem sobre aqueles 5 rapazes que bateram em um morador de rua e que espancaram também o rapaz que tentou socorrer o mendigo.
Nas entrevistas com os pais de alguns deles, fiquei atenta ao que falariam: não deu outra. Os filhos deles são meninos bons, "não sei como foram fazer aquilo". Não sabem? Pois eu sei. Os pais foram tentar se desculpar pela violência dos filhos. Porque os pais? Quem cometeu o erro foram os filhos. Não seriam eles a pedirem desculpas? Quando os pais assumem o erro dos filhos, estão dizendo aos mesmos que podem errar à vontade, que os pais repararão os erros. Isso é educação que se dê aos filhos? É por isso que eles fazem o que fazem.
Ademais, pedir desculpas é muito fácil. Gosto de um texto intitulado "Os Pregos na Cerca", em cujo final há uma admoestação: "eu posso dar uma facada em alguém e depois pedir desculpas. A facada, entretanto, continuará lá." Para estes rapazes também se aplica. Agora não adianta pedir desculpas - nem os pais e nem os filhos, porque o estrago já está feito. Por acaso as desculpas retirarão os tantos parafusos do rosto da vítima?
Um comentário feito por alguma psicóloga ou coisa parecida, também chama a atenção, até porque eu já li bastante sobre isso. Talvez nem todos os componentes do grupo sejam mesmo agressores, mas o fato de estarem com o grupo faz com que seu comportamento tenda a ser semelhante aos demais. Nada é mais importante para os adolescentes e jovens do que seu grupo, para o qual não podem demonstrar fraqueza. Sendo assim, estando com o grupo podem agir de forma totalmente estranha para os familiares, porque precisam mostrar que são "homens", não tem medo e nem fraquejam.
Será que os pais destes jovens já repensaram a educação de seus filhos? Já ensinaram aos filhos que "nem tudo o que eu posso, me convém"? Deixarão os filhos presos, para que repensem suas atitudes, ou a estas horas já pagaram um advogado para tirá-los da cadeia?!? Isso, em bom português, se chama impunidade. Não adianta falar dos políticos, das autoridades, da justiça brasileira, e agir da mesma forma em casa. Nossos filhos precisam saber, na prática, que pagamos por nossos erros. Caso contrário, a anarquia estará legitimada a partir das famílias.
Desculpem o desabafo!
Clenilda
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